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sábado, 11 de junho de 2011

Aloe Vera e seus benefícios!!!!!!!!

Babosa ( Aloe Vera )

Regina Passarelli Hamann
A Babosa - mundialmente conhecida como Aloe Vera - é uma planta espontânea nas regiões quentes e semi-áridas, como na África Oriental e Meridional. Embora utilizada por antigas civilizações há mais de três mil anos, somente a partir do século passado seus inúmeros benefícios medicinais conquistaram o interesse da pesquisa científica.
Pertencente à família das liliáceas - como a cebola, o alho e o aspargo - apresenta-se na natureza em mais de 300 espécies, sendo a mais utilizada a Aloe Barbadensis, com suas folhas em forma de lanças que atingem até 90cm de altura. As folhas da Babosa, de coloração verde-azulada, são suculentas, com espinhos macios nas laterais, constituídas de 96% de água e 4% de complexas moléculas de carboidratos. Em sua composição química foram identificados 54 ingredientes, entre eles polissacarideos contendo glicose, galactose e xilose, tanino, esteróides, ácidos orgânicos, substâncias antibióticas, enzimas de vários tipos, resíduos de açúcar, uma proteína com 19 aminoácidos, vitaminas, minerais, ferro, cálcio, cobre, sódio, potássio, manganês e outros.
Alloeh - que em árabe significa "substância amarga brilhante" - ou Ahaloth - seu correspondente em hebraico - sempre foi considerada uma "planta sagrada" devido às suas inúmeras características medicinais. No antigo Egito - além de Cleópatra, que sempre se beneficiou de suas qualidades cosméticas - a Babosa era usada para embalsamar as múmias, sendo conhecida como a "planta da imortalidade".
A história da Babosa é tão antiga que aparece no Cântico dos Cânticos de Salomão e, na Bíblia, no Evangelho de São João. Planta de proteção, utilizada por judeus e muçulmanos, tinha suas folhas penduradas nas portas das casas e colocadas ao lado dos túmulos, associada que era a correntes reencarnacionistas. Na Grécia Antiga, suas aplicações curavam problemas estomacais e da queda de cabelos, passando pelas alergias, dores de cabeça, manchas na pele, queimaduras e ferimentos em geral. Alexandre, O Grande, transportava grandes quantidades de Babosa em suas batalhas para o tratamento de feridos. Os índios americanos já utilizavam a Babosa, quando Cristóvão Colombo a descobriu, dando-lhe o nome de "médico vegetal".
A vitamina C, encontrada em grandes quantidades na Babosa, ajuda a manter a saúde dos vasos sangüíneos, promovendo uma boa circulação. O potássio colabora para a manutenção do ritmo cardíaco, além de estimular as funções renais, fazendo uma espécie de "faxina" no organismo. O cálcio acelera a coagulação e a ativação das enzimas. O sódio, trabalhando junto com o potássio, estabiliza o nível de hidratação do organismo. O manganês oferece condições para que as enzimas digestivas trabalhem com maior eficiência, impedindo a formação de pedras nos rins e auxiliando no tratamento da angina e trombose das coronárias. O ferro, operando em equipe com as hemoglobinas, ajuda a transportar oxigênio para as células.
Desde 1930, tanto na Rússia como nos Estados Unidos, esta fantástica planta vem sendo estu-dada cientificamente, sempre com surpreen-dentes resultados, devi-do as suas propriedades como INIBIDORA DA DOR (bloqueia as fibras nervosas periféricas, receptoras da dor), ANTIINFLAMATÓRIA (tem ação similar à dos esteróides, como a corti-sona, sem seus efeitos colaterais), COAGULANTE (provoca nas lesões a formação de uma rede de fibras que fixam as plaquetas do sangue, acelerando a cicatrização), QUERATOLÍTICO (faz com que a pele danificada dê lugar a um tecido de células novas), ANTIBIÓTICA (elimina bactérias que causam infecções devido à sua capacidade bacteriostática, bactericida e fungistática), REGENERADORA CELULAR (possui um hormônio que acelera a formação e o crescimento de células novas), ENERGÉTICA E NUTRITIVA (contém 19 aminoácidos dos 22 de que necessita nosso organismo), DIGESTIVA (possui grandes quantidades de enzimas necessárias para o processamento e o aproveitamento dos carboidratos, gorduras e proteínas no organismo), DESINTOXICANTE (contém ácido urônico, que facilita a eliminação de toxinas em nível celular, estimulando as funções hepática e renal), REIDRATANTE e CICATRIZANTE (penetra profundamente nas 3 camadas da pele, graças à presença de ligninas e polissacarídeos).
O uso tópico da Babosa - para inúmeros problemas da pele e cabelos, assim como para uso veterinário - sempre foi do conhecimento de todos, porém, recentemente, descobriram-se também os benefícios de se beber a Babosa, com resultados excepcionais no tratamento de diversos males, como artrite e reumatismo, diabetes, diverticulite, enfizema pulmonar, enxaqueca, glaucoma, hepatite, hipotiroidismo, disfunções intestinais e estomacais, miomas, osteoporose, pedras nos rins e vesícula, pressão arterial, próstata, problemas circulatórios, úlceras etc., além de eficaz auxiliar nos tratamentos de câncer e AIDS ou simplesmente como complemento nutricional, de caráter preventivo.
Cabe observar, no entanto, que a Babosa não deve ser ingerida com a casca, uma vez qua a casca possui uma substância chamada aloína, excelente para usos tópicos, porém de ação purgativa e abortiva quando ingerida, contra-indicada para mulheres grávidas e crianças. De acordo com as pesquisas científicas realizadas, a planta para ser utilizada tem que ser "madura" (com, no mínimo, 4 anos de idade) para que seus ingredientes ativos tenham valor medicinal. A casca da folha "madura" possui elevados teores de celulose (polissacarídeo) e o nosso organismo não possui enzimas digestivas apropriadas para digerir esse material até açúcares simples. A celulose só pode ser ingerida por animais ruminantes - como a vaca - que possui um estômago "extra" - o rúmem - que contém grande número de bactérias simbióticas capazes de secretar uma enzima chamada celulase, que catalisa a hidrólise da celulose em açúcares simples, tornando a celulose útil como nutriente. Assim sendo, nosso organismo joga continuamente sucos gástricos no estômago para tentar digerir - sem sucesso - a celulose, afetando as paredes do estômago e causando inicialmente gastrite e, posteriormente, úlcera.
Para o controle da qualidade e pureza dos produtos à base de Babosa foi criado o INTERNATIONAL ALOE SCIENCE COUNCIL (Conselho Internacional de Ciência do Aloe Vera), com sede no Texas, Estados Unidos. Antes de se utilizar um produto à base de Babosa, deve sempre ser observado se ele contém, na embalagem, o selo internacional de aprovação do IASC, como garantia da origem e qualidade das plantas, processos de estabilização utilizados e qualidade de Aloe Vera nos produtos.

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